Este projeto tem como foco melhorar o desempenho profissional dos professores do Ensino Fundamental e Médio.

O desenvolvimento profissional é resultado de um processo dinâmico e coletivo, por isso, a estratégia do Projeto de Desenvolvimento Profissional (PDP) baseia-se na constituição de grupos autogerenciados de estudo, reflexão e ação denominados Grupos de Desenvolvimento Profissional (GDP). Tais grupos se articulam em torno da concepção e execução de um projeto que conta com o apoio da Secretaria Estadual de Educação. Ao constituir e participar de um GDP os educadores se envolvem em um processo de mútua aprendizagem.

Desde 2004, o PDP é desenvolvido nas escolas que participam do Projeto Escolas-Referência.

Em 2011 a Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina dará continuidade ao trabalho com os GDPs partindo do pressuposto de que o desenvolvimento profissional deve promover autonomia de ação, liberdade de análise, autoconfiança e poder de decisão, decorrentes de um trabalho coletivo para a realização de estudos e projetos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E.E. MARIETA SOARES TEIXEIRA Coordenador: João Dioni Sarquer Augusto


Análise feita pela Equipe Romualdinho sobre o texto Competências Para Ensinar de Philippe Perrenoud

Não há contradição entre os saberes escolares e as competências porque para desenvolver a maioria das competências precisa-se mobilizar certos saberes. Eles se complementam. As habilidades requeridas na vida cotidiana não são desprezíveis, elas se unem às aprendizagens escolares e chegam ao objetivo almejado. É necessário ressaltar que ter conhecimento e habilidades são importantes, mas ser competente em alguma área requer aprimoramento, aquisição de saberes como: a melhor tradução de um texto em latim, resolução de problemas com o auxílio de sistema de equações com várias incógnitas, etc. 

Dessa forma, ter habilidades não quer dizer que é competente. O indivíduo competente estabelece o problema antes de resolvê-lo, determina os conhecimentos pertinentes, reorganiza-os em função da situação. E para exercer essa mobilização em momentos complexos, ele busca na escola os saberes e habilidades, pois ela fornece recursos às habilitações profissionais que desenvolverão competências.

Atualmente, para se viver no século XXI, são indispensáveis desenvolver competências/habilidades pertinentes à época. A trilogia das habilidades – ler,
escrever, contar – que fundou a escolaridade obrigatória no século XIX não está mais à altura das exigências atuais. È preciso que se tenha conhecimento geográfico, histórico, biológico, físico, químico, linguístico, matemático, tecnológico, comercial e também disciplinas escolhidas pelos professores para ensinarem e pesquisadores para desenvolverem seus estudos mas acima de tudo que se tenha a aplicabilidade de tais conhecimentos na vida cotidiana do aluno.
De nada vale ter conhecimentos, conhecer regras e não saber aplicá-los no dia a dia. Portanto, possuir conhecimentos ou capacidades não significa ser competente. Vários estudantes dominam teorias, mas não sabem aplicá-las no momento oportuno, porque não foram treinados para fazê-lo.

Muitas das vezes, conhecimentos básicos foram estudados na escola, mas fora de qualquer contexto, permanecendo inútil na vida cotidiana, pois os alunos não foram treinados para utilizá-los em situações concretas. A finalidade do saber deve ser tornar a pessoa competente não para o trabalho ou para a família somente mas para a vida.

Temos uma escola que ensina muita teoria e, no entanto, a prática ou a demonstração da utilidade de um saber é muito pouco ou quase nada explorada.
Não vimos expresso no texto uma preocupação do autor em estabelecer a distinção entre habilidades e competências. Vimos uma preocupação em demonstrar que o ensino pode se tornar mais atraente na medida que temos a utilidade demonstrada do que é ensinado.Estudamos no ensino fundamental a respeito da localização de um ser em uma determinada área geográfica, só que além de não se ter equipamentos básicos como bússolas, não são ministradas aulas práticas sobre o tema pois o “tempo” não permite. No entanto, esquecemo-nos de que com tal conhecimento evitaríamos muitos acidentes e transtornos na vida futura de uma pessoa.

O indivíduo que busca ser competente transforma tudo que foi por ele aprendido em conhecimento utilizável. É a colocação em prática da lei de Lavoisier, ou seja, transformando o que foi aprendido em ferramenta para o desenvolvimento e crescimento intelectual e profissional.

Quanto ao ato de buscar, este não se deve ater somente ao que habitualmente mencionamos como: livros, internet ou os meios de comunicação como as principais fontes de saber e de se adquirir conhecimento, mas principalmente, devemos destacar e ressaltar aos nossos alunos que a observação é a principal fonte de busca do conhecimento, e, por que não dizer, a responsável pela evolução humana desde os primórdios da pré-história.

2 comentários:

  1. Desenvolver competências na escola não é tarefa fácil, mas é tarefa imprescindível para um país que precisa de mão de obra especializada para acelerar o seu desenvolvimento. Quando educadores estão conscientizados dessa necessidade torna-se mais fácil formar uma geração mais preparada. Temos a certeza de que esse GDP estará contribuindo para a melhoria dos resultados da escola e para a formação de cidadãos mais conscientes .

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  2. Gostaria de parabenizar o professor Dioni e sua equipe que conduz este projeto com todo o carinho e dedicação que se dá a "um filho", pena que não vi nenhuma foto publicada, pois seu projeto já vem de longa data e alcançou excelentes resultados.

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